O mosaico dos bancos e da vida…

As necessidades da nossa quadra são muitas: basta observar atentamente… Desta feita, vamos particularizar o estado dos bancos que ainda insistem em existir, mesmo que comprometidas algumas de suas características básicas

A deterioração revela que foram construídos há muito tempo e que, desde então, não conheceram qualquer trabalho de manutenção. Talvez datem de dez, quinze ou vinte anos. Aparentemente, foram edificados por iniciativas voluntárias e independentes de moradores e/ou condomínios e não pelo GDF. Alguns já experimentam seu momento de “extrema-unção”. Aquilo que foi projetado para oferecer conforto, representa, atualmente, um ponto destoante do belo e harmônico conjunto ambiental que compõe a SQN 410.  Talvez, quem sabe, a prefeitura poderia encarregar-se de refazê-los por sua própria conta ou risco, claro, respeitadas as condições impostas pelo orçamento ou, então, gestionar o refazimento junto a quem de direito no GDF. Caso contrário, só nos restará aguardar que desapareçam definitivamente do nosso cenário.

Enquanto nada disso acontece, respeitado o ciclo de maturação que toda idéia precisa ter antes de transformar-se em obra, antes de virar realidade – o que se espera não demore – as soluções brotam entre os comunitários apaixonados pela quadra. Prova disso, na manhã do domingo 6 de maio, à sombra do jamelão, podia-se flagrar um grupo de pessoas fazendo artesanato com mosaico em um dos bancos. Abordados, soube-se tratar-se do terceiro trabalho de uma artista que tenciona deixar Brasília pelo Rio Grande do Norte nos próximos dois meses. A intenção do grupo é difundir a ideia e sensibilizar os moradores para que participem e comunguem dessa disposição. Segundo um dos integrantes desse grupo de artistas, a escolinha foi contatada e convidada, mas não teria manifestado interesse.

Outro aspecto bastante interessante e que, por sinal, chama a atenção, é a evolução da relação entre os componentes do grupo. Convidada pela curiosidade, a pessoa aprochega-se e é logo convidada a participar do grupo. Aceita a proposta, tem, então, início uma relação que se torna rapidamente cumplicidade, como se todos fossem amigos antigos. Instala-se, assim, um processo de socialização, de interação entre pessoas que recém se conheceram e que, talvez, em ambiente formal, não experimentassem tal simbiose.

Sábado próximo, dia 12, tem mais … e quem sabe você aparece e… aliás, mosaico é assim: você coloca a peça que se encaixa.

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